Carros blindados do exército egípcio são vistos estacionados na entrada da Praça Tahrir, partidários do deposto presidente egípcio Mohamed Morsi anunciou novas manifestações (18/08/2013) - Gianluigi Guercia/AFP
A União Europeia (UE) anunciou neste domingo que revisará de forma urgente suas relações com o Egito e tomará medidas para impulsionar o processo democrático e pôr fim à violênciano país, que considerou injustificável e da qual responsabilizou principalmente o Governo interino e o Exército.
Entenda o caso
- • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
- • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
- • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
- • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
- • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.
- • O Exército derrubou o presidente no dia 3 de julho, e anunciou a formação de um governo de transição, que não foi aceito pelos membros da Irmandade Muçulmana.
"A violência e os assassinatos destes últimos dias não se podem justificar nem tolerar. Os direitos humanos devem ser respeitados. Os prisioneiros políticos devem ser libertados", assinalaram em comunicado conjunto os presidentes do Conselho, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Embaixadores dos 28 países do bloco devem se reunir na segunda-feira em Bruxelas para analisar a situação e estudar a possível convocação de um encontro extraordinário dos ministros europeus das Relações Exteriores.
Também neste domingo, o governo interino do Egito fez um apelo à comunidade internacional para ser ouvido a respeito da onda de violência que toma conta do país. Membros do Ministério das Relações Exteriores mostraram imagens dos recentes ataques a civis no Cairo e culparam terroristas pela carnificina.
O ministro das Relações Exteriores Nabil Fahmi também atribuiu parte da culpa à mídia por, na avaliação dos oficiais do governo interino, demonstrar "simpatia" pelos manifestantes que apoiam o presidente Mohamed Mursi e a Irmandade Muçulmana.
Os apoiadores de Mursi seguem afirmando que as forças militares instigaram a violência que tem matado centenas de pessoas nos últimos dias.
Ajuda externa - O governo interino afirmou ainda que o Egito vai revisar toda a ajuda internacional que recebe para comprovar se é utilizada de uma maneira 'positiva'. "As ajudas estrangeiras não representam uma intervenção em nossos assuntos", disse Nabil Fahmi em entrevista coletiva neste domingo.
O ministro das Relações Exteriores rejeitou a atitude de alguns países que ameaçaram retirar ou suspender sua assistência ao país por causa da crise e da violência.
(Com EFE e Reuters)























































































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