No terceiro debate, Obama e Romney vão discutir temas ligados à política externa dos EUA
As diferenças entre o democrata Barack Obama e o republicano Mitt Romney vão muito além da estrategia dos dois candidatos para revitalizar a economia dos Estados Unidos, o grande assunto da campanha eleitoral. Ambos tem opiniões muito distintas sobre a relação da Casa Branca com o resto do mundo.
Eleito em 2008 com a proposta de calibrar a diplomacia americana e a repaginar a imagem dos EUA perante o mundo, Obama aposta em uma relação mais estreita da Casa Branca com o mundo árabe, por exemplo. "América e Islã não são excludentes e não precisam estar em lados opostos", já disse o presidente.
Obama também exibe uma maior cautela em relação à política de Israel com os palestinos, sobretudo quando o assunto são os assentamentos israelenses em territórios árabes.
Romney, por sua vez, apoia um intervencionismo maior dos EUA na questão síria, com o armamento de grupos oposicionistas, e mostra uma relação mais estreita com Israel. O republicano é amigo pessoal do premiê Binyamin Netanyahu, cuja relação com Obama se deteriorou após divergências sobre a política no Oriente Médio.
Ambos também têm diferenças em relação à China, ao Irã e à Rússia. Embora não apresentem grandes divergências em relação à América Latina, os detalhes revelam posicionamentos distintos em relação aos vizinhos ao sul do rio Grande.
Tecnicamente empatados, segundo várias pesquisas de opinião, ambos debatem a política externa nesta segunda-feira. Veja as principais diferenças:
Questões principais: programa nuclear do Irã, a ameaça do desenvolvimento de uma arma atômica, a possibilidade de guerra e as especulações sobre um ataque unilateral por parte de Israel.
- O que Obama disse: "Países e presidentes fortes dialogam com seus adversários". Posição: O Irã não deve ser autorizado a ter uma arma nuclear. Obama não descartou todas as alternativas, mas, claramente, prefere uma solução negociada por meio da diplomacia e/ou sanções. Apesar de as tentativas iniciais de persuadir os iranianos terem falhado, as sanções internacionais parecem estar tendo o efeito desejado pela administração do governo Obama.
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