Mais de 3 milhões de pessoas são prejudicadas por conta das paralisações na Baixada e Região Metropolitana
Sindicalistas tentaram impedir partida de ônibus no terminal de Nova Iguaçu | Foto: Osvaldo Praddo / Agência o Dia
PMs realizaram policiamento no terminal de Nova Iguaçu | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Apitaço em Niterói
No Terminal Rodoviário João Goulart, em Niterói, houve apitaço dos grevistas, que pedem, entre outras melhorias, aumento de 16%. O Departamento Estadual de Transportes Rodoviários (Detro) reforçou fiscalização nos municípios afetados pela greve. O órgão informou que os manifestantes cumpriram a exigência judicial de manter 40% da frota circulando. Fiscais passaram o dia nas ruas verificando se as vans intermunicipais estavam cobrando o valor certo da passagem, como forma de prevenir abusos.
Quatro escolas de Niterói, fecharam: Mestra Fininha e André Trouche, no Barreto; João Brazil, no Morro do Castro, e a Unidade Municipal de Ensino Infantil Margareth Flores, na Grota do Surucucu. As unidades de saúde do Centro e do Morro do Castro, no Fonseca, funcionaram parcialmente.
A greve aumentou em 19% o número de passageiros das barcas linha Charitas-Praça 15, mas reduziu o número de usuários em Arariboia. Muitos não conseguiram chegar à estação. O analista de sistemas Cosme Lorete Alves, 55, que mora em Itaboraí e trabalha em São Gonçalo, perdeu a paciência. “Entro às 8h, mas já são 10h30 e ainda não consegui pegar o segundo ônibus”. Rio Bonito, Arraial do Cabo e Cabo Frio, representados pelo mesmo sindicato de rodoviários, o Sintronac, não aderiram à greve.
Espera de mais de três horas no ponto
A espera pelo ônibus , ontem, chegou a três horas em alguns pontos de Niterói e São Gonçalo. Dos 3.767 ônibus que compõem a frota desses municípios mais Maricá, Itaboraí e Tanguá, só 751 — 19,9% — circularam. Com a greve, muitos trabalhadores tiraram o carro da garagem. Houve engarrafamento o dia todo na Rodovia Niterói-Manilha e nos acessos à Ponte Rio-Niterói.
A estudante Angélica Costa, 22 anos, ficou três horas na fila do terminal de Alcântara, em São Gonçalo. “Os ônibus já chegam lotados. Preciso ir ao Rio para trabalhar”, disse. A paralisação prejudicou o atendimento nos postos do Detran em Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Nessas unidades, o funcionamento foi precário de manhã. A situação só foi normalizada quando veículos do departamento foram buscar os funcionários em casa e uma equipe de apoio foi enviada aos postos prejudicados.
Nesta sexta à tarde, haverá audiência entre empresários e sindicalistas no Tribunal Regional do Trabalho. Além de 16% de reajuste salarial, os rodoviários querem aumento de 40% na cesta básica. Para o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj), a greve tem conotação política, pela proximidade das eleições no sindicato dos rodoviários.
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