SÃO PAULO - A aproximação do Barcelona com o pai de Neymar e o tempo que o Santosganhou para montar a engenharia financeira para manter o craque foram decisivas para a implosão do acordo que estava fechado com o Real Madrid desde meados de setembro.
Werther Santana/AE - 3/10/2011
Neymar renovou com o Santos até Copa de 2014
Colocando os números na ponta do lápis, a diretoria santista chegou à conclusão de que poderia abdicar do dinheiro que receberia do clube merengue. A operação com o Real estava fechada em 60 milhões de euros (R$ 144 milhões), dos quais o Santos ganharia 45% ( 27 milhões de euros, o equivalente a R$ 64,8 milhões) - a DIS embolsaria 40% (R$ 57,6 milhões), Neymar ficaria com 10% (R$ 14,4 milhões) e a Teisa, com 5% (R$ 7,2 milhões).
A saída de Neymar obrigaria o clube a gastar boa parte do dinheiro em reforços para manter o time em condição de brigar por títulos. E secaria a receita que vem de seus contratos de publicidade. O Santos fica com 30% dos acordos que foram assinados antes do aditamento de contrato feito semana passada, e levará 10% dos que forem fechados de agora em diante. Com base no apelo publicitário do craque, o cálculo na Vila é de que até a Copa de 2014 sua imagem renderá 8 milhões (R$ 19,2 milhões para o clube).
Em Barcelona corre a informação de que o clube vai recompensar financeiramente o Santos por ter ficado livre da concorrência do Real Madrid. O acordo seria o seguinte: depois de 30 de junho de 2014, o Barça pagaria 15 milhões (R$ 36 milhões).
O presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro nega ter algum acerto com o Barcelona. Mas não garante que o pai do atacante não tenha se entendido com Sandro Rosell, o presidente do Barça.
Não há confirmação oficial, mas são fortes os indícios de que o pai de Neymar tomará as rédeas da carreira do filho como o de Kaká fez pouco depois de o craque chegar ao Milan. Na época o agente do meia era Wagner Ribeiro, o mesmo que agora perde espaço com Neymar.
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